sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Diva da Semana: Kate Lanphear

Todo estilo tem uma marca registrada, nem que seja de longe, mas tem aqueles que se mantém fiéis a uma característica forte e ainda assim se desdobram em mil e uma idéias. Esse é o caso da Kate Lanphear, diretora de moda da Elle americana, com um visual sempre rocker e andrógino, de pegada fetichista. Os cabelos oxigenados e curtos, acessórios pesados e saltos vertiginosos compõem uma imagem forte e única, sem ser repetitiva.



Leggings e calças skinny, bons casacos, jaquetas de couro, e camisetas são a base do guarda-roupa casual da Kate. Dona de um estilo urbano na essência, os looks dela nas ruas abusam de sobreposições e são sempre arrematados por boas coberturas, como blazers, trench-coats e jaquetas perfecto. Mas a grande sacada da Kate é misturar os clássicos: sobrepor camisetas de malha e arrematar com um paletó bem cortado, usar jaqueta jeans, jaqueta de couro e trench-coat, um sobre o outro, com o xadrez do forro dando um toque grunge chic. O mood fetichista rock vêm nos acessórios, especialmente nos braceletes, com correntes pesadas, spikes e pendentes. Kate nos mostra que contrastar clássicos pode ser tão interessante quanto contrastar peças atemporais com o "último grito" da temporada.



Quando o dia-a-dia pede um toque de classe, Kate aposta em combinações de calça e blazer, renovando o smoking feminino. As calças tem comprimento mais curto, no tornozelo, e são mais largas, e os blazers, de modelagem mais quadrada e também um pouco mais curtos. Essa subversão do smoking é sempre bem pontuada, porque quando uma das peças é clássica, como o blazer de lapela de cetim, no terceiro look, Kate compõe essa peça com opções inesperadas, como a calça de couro e a camiseta gasta. Marca mais que registrada das produções da todo-poderosa da Elle, os superbraceletes completam com o toque fetiche, e os favoritos são os largos com spikes e os de elos largos.


Nas montações mais ladylike, Kate traz toda sua veia fetichista pras roupas, tanto que os acessórios diminuem. Vestidos e saias estruturados, acinturados ou com detalhe peplum (aquele babado que fica sobre o cós das saias e nos babados das blusas) ficam menos femme e mais fatale quando feitos de couro ou marcados por cintos pesados. Camisas transparentes combinadas com casacos texturizados, como o de couro de crocodilo da foto, também são uma dupla sexy e dark, assim como os vestidos soltos complementados por jaquetas de couro fechadas e plataformas pesadas, mostram como a feminilidade pode ser sombria sem ser caricata.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Rockabilly chique

Uma das peças-chave dessa onda vintage que vem aparecendo nas passarelas, é a calça de cintura alta. Pelo menos no meu guarda-roupas, ela quase sempre esteve presente, como boa amante dessa nostalgia fashion. Não é um modelo de calça fácil de usar, tem que ter cuidado pra não acentuar o quadril e também porque não é tão prática quanto uma calça de cintura baixa.


Dá pra ficar mais elegante e tão confortável quanto num modelo de cintura baixa usando blusas mais soltinhas, pra dentro do cós da calça, como na foto, ou só com uma pontinha presa nele, por que se o modelo for muito skinny, a blusa pode embolar lá dentro e prejudicar o caimento. Calças de cintura alta tem um poder incrível de alongar a silhueta, ainda mais se for numa cor escura, e pra aumentar esse efeito, um sapato de uma cor que faça contraste com a calça é mais que bem vindo. Se o tempo ajudar, um casaco ou cardigan mais longo, de comprimento abaixo do quadril, deixa tudo mais chique e ainda dá aquela afinada. Cintura alta tem uma pegada mais adulta, então pra deixar mais descontraído, acessórios coloridos (e combinados, pras mais ousadas) são uma boa pedida.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Brilho

Como não amar brilho na maquiagem? Pena que não dá pra usar em todas as ocasiões, nem em todas as épocas do ano. Make mais pesado combina com tempo mais frio, porque nesse calor dos trópicos ninguém quer a maquiagem derretendo com oleosidade e suor. Vai aí uma sugestão pra usar na noite nesses cinco minutinhos de inverno que restam...

Glitter!

Pra conseguir esse efeito, dá pra usar glitter solto em cima do esfumado de dourado e preto ou duas sombras já brilhantes. As mais discretas podem usar sombras cintilantes, e o importante aqui é caprichar no esfumado, principalmente na lateral, pra ajudar a demarcar a inclinação do delineador. O esfumado fica melhor com aqueles pincéis gordinhos, como o 217 da M.A.C. ou esse chanfrado d'O Boticário, mas se não tiver esses na nécessaire, é só usar o pincel achatado pra sombra mais em pé e menos inclinado. O efeito mais cremoso do delineador pode ser conseguido usando versões em pasta ou o próprio lápis kajal. No mais, é só ser bem generosa no rímel e sair por aí com "olhar 43"! #ayquebrega

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ilustras

Amo ilustrações, e agora que tô fazendo um curso de desenho de moda, voltei a desenhar, um pouquinho que seja, quase todos os dias. Até a década de 40, as ilustrações eram basicamente toda a parte gráfica das revistas de moda, e acho que elas mostram uma visão que a fotografia não capta, justamente por ser mais abrangente: a singeleza das cores, das formas, do estado de espírito da roupa.

Capas de Vogues diversas em aquarela

Bora prestar (mais) atenção no que a roupa da gente comunica?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Musa do verão

Nessa meia estação, que não faz nem frio nem calor, um bom jeito de já ir entrando no clima das temperaturas que estão por vir é renovando a maquiagem de todo dia. Acho melhor ainda no verão, porque os makes mais leves e coloridos dão um frescor a mais, deixando todo mundo meio garota de praia...

Lábios marcantes na Tufi Duek e Juliana Jabour

Foco nos olhos, na boca ou nos dois: tudo depende do estado de espírito e da vontade de ousar. Nas passarelas do verão nacional, vi mais destaque nos lábios, principalmente nas matizes de vermelho e coral, do vinho até o laranja. O acabamento também é ao gosto do freguês: pode ser fosco, acetinado ou gloss. Os olhos podem ser muito discretos, como na Tufi Duek, ou mais trabalhados, como na Juliana Jabour, que o olhar é ressaltado por sombras claras, mas brilhantes, e lápis de olho branco na linha d'água, ótimo pra iluminar o olhar. Um bom rímel é essencial dos dois jeitos, pra dar vida no rosto.

Cara (quase) lavada na passarela do Reinaldo Lourenço e make pastel na Têca

O ton-sur-ton foi pra penteadeira: os tons pastéis surgiram com mais força na beleza. Azul, amarelo e rosa esmaecidos são uma boa aposta, são propostas mais frescas e versáteis porque cores claras são mais fáceis de misturar num mesmo look, como a sombra azul-bebê e o batom rosa-pérola do desfile da Têca. Já há algumas temporadas, a base tem perdido espaço entre os maquiadores, e a pele é cada vez mais natural. Para o próximo verão, ela foi substituída por versões em pó ou pelo combo corretivo + pó facial e, pra ter aquele rosto com jeito de "queimado de sol", o blush rosa, bem levinho, sobe até as têmporas, como nas moças de Reinaldo Lourenço.

Fotos: FFW

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Oh well, whatever, nevermind

Quanto mais nos distanciamos de uma época, parece que mais se quer resgatar os modismos e atitudes dela.  Os anos 90 não foram tão referenciados no início dos 2000, porque, afinal, parecia que foi ontem, mas, agora nessa segunda década do século XXI, junto com a onda nostálgica dos anos 50 e 60, os 90 estão voltando. Será que, quanto mais afastados de uma década, (re)interpretamos ela melhor? Foi na década de 1990 que as ruas se tornaram tão influentes quanto as passarelas, e várias propostas passaram a ser tendência ao mesmo tempo, antecipando a democracia fashion que seria mandatória nos anos 2000.


Em menos de dez anos, os cabelos enormes, as maxi-ombreiras e os exageros dos anos 80 foram prontamente colocados de lado em favor de silhuetas secas, de linhas puras, confortáveis e elegantes. Depois da "década perdida", o mundo e a economia entravam nos trilhos de novo, e o desejo de uma atitude urbana e conectada mas, ao mesmo tempo, discreta, foi traduzido pelo minimalismo. Calvin Klein foi o grande mentor dessa onda minimal: os cortes retos que valorizavam a silhueta sem comprometer o conforto viraram uniforme das mulheres modernas dos 90. Klein também disseminou o jeans como peça essencialmente cosmopolita, base do closet de homens e mulheres, e colocou uma nova forma de androginia, o unissex. Essa diluição de gêneros criou uma nova referência de sensualidade, e belezas menos femininas e mais instigantes se destacaram, como a então new-face Kate Moss. A partir dos 1990, o desejo de moda ia além das roupas e, conscientemente, passou a expressar estilo de vida.


Foi nos 90 que as calçadas passaram a ditar moda, tanto quanto desfiles ou editoriais. Talvez o movimento underground mais forte da década, o grunge teve seu maior eco na música, mas também influenciou (e modidficou) a forma de ver a moda. O boom de desenvolvimento da época, que levou à uma atitude cada vez menos autêntica, era o alvo da contestação do grunge, representada pela atitude de bandas como Nirvana e Sonic Youth. As roupas sobrepostas e de ar casual, como jeans largos, camisetas surradas, saias de malha longas e as indefectíveis camisas de flanela xadrez representavam uma outra face das cidades grandes, escondida. Mas o grunge mostrou que veio pra incomodar quando um estilista novato, vindo da cena alternativa, um tal Marc Jacobs, levou os gorros, os xadrezes e as sobreposições do movimento pra passarela da tradicional marca americana Perry Ellis, com uma mistura ousada de padronagens, como no look que mistura xadrez, listras e florais, chocando a imprensa especializada e levando a rebeldia urbana pras roupas da classe média, já que, agora, o que estava na passarela estava na rua.


Mesmo não muito forte em desfiles, as influências dos clubbers e da cultura hip-hop também foram fortes na década de 90. As duas tribos também desejavam mostrar uma nova visão de mundo, mas de maneiras diferentes: os clubbers queriam só diversão, ao som das batidas eletrônicas das raves, num resgate da psicodelia dos anos 70, mas com um toque street. Cores ácidas, leggings, abrigos esportivos e outras peças do sportswear eram típicas dos clubbers, junto com estampas ultracoloridas e geométricas. As roupas esporte também eram usadas no hip-hop, mas menos coloridas e mais utilitárias, e refletiam o dia-a-dia dos moradores dos guetos, principalmente nos EUA. Falavam abertamente sobre drogas, violência e a diversão proibida do subúrbio nas letras das músicas, e um dos grupos mais ousados eram o trio feminino TLC, tanto na sonoridade quanto nas roupas. Os anos 90 abriram caminho pras multi-referências na moda (e na vida), e espero que ainda venha muita estrada por aí...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ele-ela

Desde os anos 30, o smoking feminino é sinônimo de poder e ousadia. Apesar de ser bem masculinizado, o smoking se torna sexy pela atitude de quem usa. Mas certos elementos ultra femininos, como brilhos e acetinado, ajudam a dar um toque mais glam ao look, assim como a escolha da maquiagem. Aliás, por mais simples que seja, um make bem feito é sempre um ótimo truque de styling, já que ajuda a incorporar a atitude do dia.


Essa campanha do Elle, perfume da YSL, é um dos melhores exemplos de como um make de diva faz um terno feminino muito mais poderoso. Olhos marcados com delineador são a chave pra passar uma mensagem adulta de sedução, e pra não ficar muito fatale, é bom trocar o batom vermelho por um em tons de rosa, só não pode ser cor-de-boca ou gloss, porque aí perde aquele ar vintage. No mais, é só caprichar na confiança!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tomboy de leopard print

Saber equilibrar masculino e feminino no look nem sempre é fácil, ainda mais quando as duas peças em questão são quase pólos opostos: camisa social ultraclássica e shorts de oncinha, com cintura alta, bem cinquentinha. Os botões todos fechados e o colarinho levantado contribuem com um arzinho vintage mais comportado, mas que conversa com o shortinho. O toque masculino fica por conta de parte da camisa pra fora do cós e a carteira de couro marrom, mais texturizado. O óculos de sol à la John Lennon completa a pegada boyish, e dá aquele ar de liberdade e conforto na própria pele.

 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mirror, mirror on the wall

Ah, o espelho. Herói ou algoz? Muita gente diz que hoje as pessoas são superficiais, que o que vale é o que você tem e não o que você é, como numa "ditadura do espelho". Mas, com equilíbrio, o espelho pode se tornar um grande aliado, porque a posse daquilo que a gente deseja só é válida quando tem significado pra nós. Para estar bem ante o espelho das aparências, temos que estar em paz com o espelho da alma. E a moda tá aí pra isso, porque entre mil e uma propostas, podemos escolher aquela que faz mais parte da gente.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

How to: Blazer colorido

No calor, dá vontade de usar só short e camiseta... Mas um bom blazer é indispensável em qualquer estação do ano, e de uns tempos pra cá os coloridos (e, pras mais ousadas, os estampados) tem se destacado. Mesmo assim, um blazer bem "cheguei" não é fácil de usar pra todo mundo, mas por ter um poder incrível de tornar um look muito mais elegante e moderno, pode virar um clássico de qualquer estilo.



Acho esse tom de rosa super veranil, e é chamativo sem ser muito aparecido, como rosa choque ou laranja. Alia a leveza dos tons pastéis com uma matiz que se destaca, como uma cor intermediária, por isso é ideal pra fazer ton-sur-ton com nuances da mesma gama, como no vestido-camisa rosa chiclete, blazer rosa-goiaba e sapato vermelho. Os acessórios dourados dão um ar mais glam pra produção e esquentam o look, dão cara de verão. O blazer em degradé rosa é romântico, e junto com a saia de renda fica bem mocinha. Mas o espírito do verão fica por conta dos toques irônicos em cores inocentes, como a tacinha de martíni da carteira e o laço vermelho, o que mostra uma mulher que não tem problemas em equilibrar feminilidade e diversão.


Nada melhor que uma cor cheia de energia pra dizer "verão!" de cara... Laranja é um tom que pode ser o seu curinga nas altas temperaturas: a legging resinada, o suéter listrado e a bolsa-saco metalizada são super urbanos e a cara do inverno, mas o blazer alaranjado traz as peças pro verão da cidade grande, principalmente pelas mangas dobradas sobrepostas pelas do suéter. Forros estampados são um elemento a mais nos blazers, mesmo num modelo de cor neutra, dobrar as mangas e mostrar a estampa já dá um toque de alegria. A estampa interna do blazer é um bom início pra misturar estampas, que, não adianta, são uma constante no verão. A harmonia é sempre garantida, com estampas que tem as mesmas cores em destaque.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Diva da Semana: Laetitia Crahay

Um estilo autêntico sempre carrega uma dose de ironia, seja grande ou pequena. A moda tá presente em inúmeras (se não todas) partes da nossa vida, então por que não se divertir? Diversão com elegância é a especialidade da Laetitia Crahay, head designer da joaelheria da Chanel e a principal criativa da Maison Michel, marca de chapéus e casquetes que também faz parte da maison de Coco. Transgredir "convenções", mesmo que elas não sejam mais regra geral, e subverter os clássicos é marca da Laetitia.

Painel de inspirações e trabalhos pra Maison Michel


Muito antes de Kate Middleton andar por aí com mil e um arranjos de cabeça, os casquetes, tiaras e chapéus já faziam a cabeça (#trocadilhoinfame) das moças antenadas da Europa. A responsável? Laetitia, que conseguiu transformar em desejo instantâneo peças que eram tidas como antiquadas, principalmente chapéus. Os chapéus de abas mais largas e maleáveis, bem anos 70, deslancharam depois de lançados os modelos da Michel, e os fascinators são desejo desde que ela colocou a Maison de volta no mapa fashionístico, em 2009. Na hora de pensar nos modelos, o jeito "sou chique de nascença" típico das mocinhas francesas conversa com as referências góticas e fantásticas da Laetitia, que coloca nas campanhas ninfas sombrias e uma verve irônica do universo infantil. A orelha de coelhinho em renda preta ironiza a malícia oculta nos personagens das crianças, e quem não sente "Alice no País das Maravilhas" na míni cartola com um coelho?


Ilustrações e Laetitia usando a máscara de coelho que enfeitou Lady GaGa e gêmeas Olsen

Laetitia, no dia-a-dia, transmite mensagens fortes pelos looks. Ao mesmo tempo que é mestre no cool-descolex parisiense, referência de bom gosto, usa peças que não harmonizam com esse universo, como botas de couro na altura da coxa, megafetiche, e colares de plumas exóticas. Uma mínissaia colada bege não tem muito como fugir do vulgar, mas Laetitia consegue, com postura natural e biotipo favorável, colocar a saia de um jeito elegante, e o colete de canutilhos fica mais natural e menos perua. Até mais à paisana, mademoiselle Crahay é chique sem ficar casual demais: a camisa militar e a bolsa estampada com o union jack britânico dão o toque cosmopolita e divertido que tira o ranço hippie da bota surrada e do mantô meio folk, meio vintage.


Quem disse que combinar cor dos sapatos e bolsas é cafona? Tá escrito aonde que conjuntinho é careta e que grávida não pode usar estampa grande? Laetitia derruba tudo isso num look só! Acessórios combinados podem ser muitíssimo elegantes e nada caretas se usados com roupas modernas, como o vestido e o casaco preto e dourado com plumas. A sacada aqui é o caminho inverso: acessórios sóbrios para roupas ousadas. Pra tirar um look P&B do sério, ela mistura texturas, o tweed preto da blusa com o tecido mais fino da saia, ou desafia os truques de silhueta e usa um tubinho com uma faixa maior na cintura, o que aumenta o contraste e dá um ar mais gráfico na pegada lady do vestido.


Porque rir de si mesma nunca sai de moda!


PS.: A quem interessar possa, uma das edições da Marie Claire americana de 2009 ou 2010, se não me engano, tem uma reportagem enorme sobre a Laetitia, com fotos do closet dela, detalhes de decoração, bem voyeur, do jeito que a gente gosta! Dá pra achar scans dessa matéria no Google...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Esporte de mocinha

Quando a gente pensa em peças com pegada sportswear, vem na cabeça leggings bem justas, camisetas de decote nadador, abrigos utilitários cheios de zíperes e tecidos resinados ou recortados, meio futurista. A moda tá aí pra tornar possível um universo tão característico, como o esporte, dialogar com outros tão únicos quanto, a exemplo desse look, que equilibra o vintage com o esporte.

Esportista girlie: sportswear mistura com o antiguinho pelo toque college

O segredo é explorar o lado menos óbvio da tendência, o que quase sempre significa aproximar um estilo do outro. Com essa onda oitentista nas fashion weeks, de tanto ver o lado mais literal das roupas esportivas, a gente esquece que as blusas mais largas estampadas com datas ou nomes de time, as jaquetas varsity dos jogadores de beisebol e todos esses elementos esporte do colegial americano também são sportswear. As pregas da saia (que mereciam ser beeem menos volumosas), o batom vermelho, o maxicolar dourado e o sapato de salto alto e bico bem fino dão um perfume vintage super feminino, que contrasta com a pegada mais descontraída da blusa de modelagem solta e com as mangas dobradas, que não perde jovialidade com o espírito college da peça.