Moda não é só roupa, e nem uma escolha aleatória do que se veste. Até quando a gente pega a primeira coisa que vê no armário, somos sempre direcionados por preferências ligadas à nossa personalidade, seja gosto musical, os filmes favoritos ou os livros de cabeceira. Um dos melhores jeitos, pelo menos pra mim, de aumentar nossa bagagem (e enriquecer nosso estilo) é com leitura. O post de hoje é mais culturette, mas tem dicas muito boas! #euamoler

- O Stylist - Interpreters of Fashion, é um dos livros de moda mais maravilhosos que eu já vi, de encher os olhos mesmo. Custa caro (tipo três dígitos, poisé) mas pra quem estuda moda ou é muito fascinado (mesmo) pelo assunto, vale o investimento. Com prefácio da poderosíssima Anna Wintour (a.k.a Miranda Priestley! #thedevilwearsprada), mostra as fotos mais fortes de grandes stylists do mundo da moda, junto com textos sobre o processo criativo de cada um, e como eles foram cair nesse mundo. O mais mágico desse livro, montado pela equipe do Style.com, site da Vogue US, é como o olhar dos stylists (e o dos fotógrafos, claro) acompanha as mudanças do mundo, e da forma como a gente se enxerga.
- On the Road é um dos maiores clássicos da literatura americana e mundial. O autor, Jack Kerouac, é um dos maiores representantes do movimento beatnik, que também se mostrou na música e na moda. Os beats, que faziam parte disso tudo, causaram no final dos anos 50, questionando aquele mundo cor-de-rosa e perfeitinho do american way of life, de esposas impecáveis, de vestido de cintura marcada, esperando o marido chegar em casa. A história conta a viagem de dois amigos pelas autoestradas dos EUA, com direito à muitas noitadas, e o jeito como Kerouac constrói a trama envolve quem lê e faz pensar se realmente temos todas as necessidades que são colocadas pra nós. Pra saber usar a moda... E em versões de bolso, super em conta!
- Cinéfila de carteirinha, já deu pra perceber que as divas do cinema dos 50 e 60 me encantam. Quinta Avenida, 5 da Manhã foi escrito por Sam Wasson, crítico de cinema que analisa, no texto, como o comportamento de Holly Golightly, a Bonequinha de Luxo, transformou a maneira como a mulher passou a se comportar, no início dos anos 60, e abriu caminho pra mulher de hoje. Com detalhes (e fofoquinhas de backstage!) da produção do filme, como a influência do Truman Capote, autor do livro que originou o filme, e até a implicância da Edith Head (top figurinista da época) com o pretinho Givenchy (!), que virou um clássico.
- Paris, Paris... Dez entre dez pessoas que já foram (OK, nove!), são apaixonadas pela cidade. Outro clássico da literatura, Paris é Uma Festa, escrito por Ernest Hemingway, mostra a efervescência cultural de Paris na década de 20, impulsionada por intelectuais e artistas americanos que foram pra lá. Assim como os beatniks, os intelectuais da época queriam mostrar autenticidade, vontade de fazer diferente, e as andanças sem destino do autor pela cidade, fatos verídicos da vida do próprio Hemingway, mostram como é importante entender o que a gente realmente gosta, o que faz inspirar de verdade. Ou vai usar camisa fechada até o último botão só porque a Alexa Chung usa?
Books are a girl's best friend!