segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tô aqui!

Gente, eu sei que abandono de blog é muito feio, mas esse fim de ano com greve na faculdade me encheu de trabalho, um projeto cheeio de detalhes atrás do outro. Esse mês de janeiro eu vou entregar (mais!) trabalhos e viajar pra NY e Vegas, YAAAAAAAAAAAY! Em fevereiro volto com muitos flagras novos e idéias ótimas pras postagens. E que cada segundo de 2013 venha cheio de realização e alegria pra todos nós! Até!

Vem, 2013!
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Volto já!

Não desisti de postar, tá? Já tô com mil trabalhos na faculdade, mas não é só por isso. Tô pensando novos jeitos de postar, e também vamos entrar numa nova fase do BWBB. Lá pro meio de novembro, volto com força, mesmo sem tanto timing das coleções do verão europeu e do inverno brasileiro (SPFW começou hoje!), vou falar sobre elas de outro jeito. Keep looking!


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Denim on denim

A customização, já típica de algumas tribos nos anos 80 e 90, hoje interessa a qualquer estilo, ainda mais num tempo em que a informação de moda atinge muitas pessoas em um clique, porque agrega detalhes únicos à peça de roupa. Os looks total jeans, que voltaram com força na moda de rua e depois nos desfiles, ficam mais interessantes customizados, o que reforça a vocação street dessa combinação, que ganhou as ruas na década de 70.


Além das lavagens diferentes, o look fica mais interessante apostando em rebites de tamanhos e tonalidades diferentes, e também no aspecto do jeans, como o short mais rasgadinho e, a camisa, mais alinhada. Os acessórios em preto e dourado dão o ar glam que faz a produção ser mais maximalista, especialmente os detalhes de arabesco da ankle boot, puro galmour urbano.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bauzinho

A moda quase sempre navega pelos extremos, e depois acha um meio termo, pra transitar entre as três possibilidades. Depois das bolsas enormes, vieram as boxy bags, febre depois que a Classic Box, da Céline, foi vista nos ombros mais estilosos do globo nos sites de streetstyle. Fuçando blogs de moda de rua, reparei que as bolsas bucket, que parecem um bauzinho pequeno, estavam ganhando a preferência das moças que sabem das coisas. Ela tem um tamanho médio, que cabe tudo que uma mulher precisa carregar (ok, grande parte, porque tudo nunca cabe!) e não rouba atenção do look, como as maxibolsas que parecem que estão "carregando" quem usa, e não o contrário. Por ser menos rígida, as buckets tem uma pegada mais boho, mas texturas, aviamentos e estampas, como verniz, rebites e padronagens abstratas, tornam a bolsa-bauzinho curinga pra looks de todos os estilos.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pelo direito de ser vaidosa (na medida)

"Passa um batom nessa boca, menina! Imagina se você encontra um príncipe no elevador?" já diz minha mãe, quando quero ir mendiga na padaria, na farmácia ou pegar alguma coisa na garagem. Lógico que não precisa se montar toda pra ir ali na esquina (concordo apenas em parte com você, mãe!), mas se permitir não sair de casa sem lápis, perfume ou batom são luxos que podemos nos permitir sem culpa. Cuidar de si mostra pro mundo que estamos abertas pra vida.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Tons de vinho

Vinho é uma cor chiquérrima, e não só no inverno. Dá pra usar em qualquer estação tranquilamente, harmonizada com cores mais claras ou mais escuras. Esse look é um bom exemplo de usar vinho no verão: combinar com acessórios neutros, e, pra contrastar com a calça de tecido encorpado, uma camisa leve em rosa pastel, cor-vedete do verão. Pra esquentar do vento frio que ainda bate, pelo menos em BH, uma jaqueta neutra, que também faça um jogo de tons com os acessórios, é elegante e moderna.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Degradê

Sombras em degradê já não são novidade no arsenal de idéias de make de ninguém, né? Mas os lábios em degradê, apesar de não serem o último grito em maquiagem, não são muito comuns ainda. O risco de ficar com a cara de Mortícia, da cor misturar e não ficar boa... Realmente os lábios multicor precisam de bastante adaptação pra usar no dia-a-dia. Sobrepor texturas, como batom e gloss, ou até um mesmo produto com acabamentos diferentes, dá um efeito de degradê bem discreto, e pra escurecer um pouquinho a cor do batom, passar lápis preto na boca antes funciona. Se é forte ou de leve, depende da ocasião...


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Scarpins à la Jetsons

Uma das melhores lembranças da minha infância é assistir as reprises d'Os Jetsons na hora do almoço, antes de ir pra escola... Amava o vestido trapézio roxo da Jane Jetson! #miniperua E, nesse verão, o futurismo-retrô dos 60's veio com mais toques de modernidade e menos ingenuidade, mais arrojado nas formas. A passarela do Reinaldo Lourenço no último SPFW mostrou isso muito bem, mas as roupas com volumes mais amplos não encantam de cara, mesmo com ótimo efeito de desfile. Então, nada como os acessórios pra darem aquele refresh instantâneo nos looks, como os scarpins que deixaram de ser comportadinhos, com saltos pequenos e ponteiras discretas, e vieram mais modernos, com combinação de cores e contornos de pegada futurista, redesenhando os pés. Bora ter um dia de Jetson girl?

Scarpins Reinaldo Lourenço que as Jetsons amariam

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Linhas gráficas

Não é segredo pra ninguém que sou vintage lover assumida, principalmente quando são referências aos anos 60, que revolucionaram não só as roupas em termos de estilo, mas também a beleza. Os delineadores "gatinho" das comportadas moças dos 50's ganharam novos contornos, mais rígidos, que ultrapassavam as linhas da pálpebra e em cores fortes. Tudo culpa do futurismo, hoje retrô, que dominou os 60. Não precisa ter delineador de mil cores diferentes, basta usar um pincel chanfrado ou bem fino umedecido, com a cor da sombra que quiser. Se quiser caprichar no colorido, pode usar mais uma cor no centro da pálpebra, mas pra destacar o delineado, é bom passar uma sombra neutra. Desperte a Twiggy dentro de você...


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Estranho (?)

"Nossa, que loucura, quem usaria isso?", é o que mais se ouve sobre desfiles de moda. Obviamente que, por trás disso, tem um conceito desenvolvido pelo estilista e por isso as roupas não vão pra arara do mesmo jeito que vemos na passarela. Mas isso é uma das (muitas) provocações que a moda nos faz: afinal, o que é ser/vestir estranho? Usar preto no calor? Usar turbante e não ser árabe? O estranho depende das referências de cada um de nós e, não só em desfiles, mas no cotidiano.

Nick Knight: assustador-encantador

Nick Knight é um mega-fotógrafo de moda, queridíssimo das grandes editoras e marcas. Nick é dono de um trabalho autoral, que marca mesmo os ensaios e campanhas mais comerciais, e é ótimo pra treinar o olhar sobre o estranho. Em suas fotos, os looks absurdos dos desfiles e os cabelos mirabolantes das modelos causam sensação de absurdo, mas ao mesmo tempo encantam pela ousadia natural, nas poses e nas cores. Não que alguém tenha que sair fazendo a GaGa por aí (aliás, Knight é um dos fotógrafos preferidos dela), mas é bom abrir a cabeça e enxergar a idéia e as referências por trás das coisas, seja num editorial ou no porquê daquela menina usar batom vermelho em pleno ônibus.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Make na NYFW

Começou a temporada de desfiles internacionais para o verão 2013, e o start, como sempre, é em Nova York. Antes do apanhado das tendências por aqui, tava fuçando o tumblr e achei essas fotos da beleza do Jason Wu, que foi um dos desfiles mais elogiados até agora. A feminilidade está sempre presente nos desfiles do Jason, e, pro próximo verão do hemisfério norte, ele investiu num fetiche leve. O batom vermelho sóbrio, os olhos discretos com as sombrancelhas bem marcadas e mais grossas tornam a beleza clássica forte, e alertam uma das grandes tendências de beauté, as sombrancelhas nem grossas, nem finas, nem apagadas: a sombrancelha deve harmonizar com os traços do rosto.

 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

There's no crying in fashion

A moda traduz estados de espírito, isso todo mundo sabe. Mesmo sem saber, mandamos recados por ela e, por isso, ao contrário do que os críticos dizem, ela não é uma ditadura, e sim um dos meios mais democráticos de se mostrar. Essa mocinha sabe bem fazer isso: pra dar uma pegada divertida pro look geek chic, ela misturou uma calça florida com a camiseta de frase divertida e os óculos bem nerd. Os modelos skinny estampados são bem tendencinha, mas isso não quer dizer que precisa ser fashion victim pra usar. Open your mind before you open your closet!


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Coletivo BWBB!

Good news! O queridíssimo do Guilherme Pires me escalou pra ser uma das colaboradoras do Coletivo BWBB, blog sobre moda, cinema, design, cultura e outras boas coisas da vida. Nem preciso falar o quanto me senti prestigiada com o convite pra trabalhar com gente tão talentosa! Meus posts por lá devem começar essa semana, e acompanhem a gente também pelo Face. Cheeia de idéias!


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rosa + verde

Uma das partes mais divertidas de se maquiar, pelo menos pra mim, é poder ousar nas cores. Mesmo que, na maioria esmagadora das vezes, a gente guarde essas ousadias pras festas à fantasia e algumas baladas. Mas acho muito válido usar um batom forte ou uma sombra bem colorida no dia-a-dia, pra levantar o astral e dar um toque no dia das pessoas, tipo olha-aquela-menina-de-delineador-roxo #aloka


Essa combinação de rosa e verde ficou lindíssima, não só pelo contraste das cores como pelos acabamentos diferentes: o delineador é cintilante e o batom, fosco. Acabamentos diferentes são um ótimo jeito de incrementar a maquiagem, e pra destacar eles e as cores, a pele tem que ser muito bem feita, com um blush rosado de leve só pra marcar as maçãs do rosto, com um pouquinho de iluminador no alto das bochechas e no nariz. O traço bem gráfico na raiz dos cílios, mais reto e menos "gatinho", ajuda a modernizar o make, assim como o traço duplo. Quem quiser por mais cor na maquiagem, pode fazer o traço preto com outra cor, que contraste ou não com a cor do outro traço. Bora colorir mais os dias de verão?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

(sh)it girl

Sempre achei essa coisa de "it-girl" muito válida. Se inspirar em garotas bem posicionadas na moda e na vida faz bem, levanta o astral e mostra que é a atitude que faz a diferença. Mas, como tudo que fica muito popular, acaba cheio de estereótipo, it girl é aquela que é loira, rica e só usa Chanel... Qualquer uma pode ser referencial, isso depende do ponto de vista e, principalmente, de ser fiel à própria personalidade e saber o que te alegra, seja uma bolsa de grife ou um esmalte de dois reais.

Julia Petit mostrando que pra ser uma autêntica it-girl, devemos rir de nós mesmas!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fresh faced

No calor, com o suor e a oleosidade, o make não segura muito tempo, e os poros sofrem mais, obstruídos pelos produtos. Usar só corretivo é melhor pra pele nas altas temperaturas, mas pra quem não dispensa uma boa cobertura nem com o tempo quente, é bom investir em bases minerais em pó ou em líquidas, mas livre de óleos e à base de água.

Base Avon Extra Lasting, M.A.C Face & Body e Base Mineral em Pó Mary Kay

Escolhi essas três porque já vi referências boas, em tipos de pele diferentes. A Extra Lasting da Avon tem o melhor custo-benefício, tem um preço mais em conta e cobre bem. Não tem óleo na fórmula e conta com pigmentos que uniformizam a cor da pele, com um efeito mais natural. A vantagem é que isso dispensa muitas camadas de base, ao contrário da Face & Body da M.A.C, que é super fininha e não camufla muito bem espinhas e manchas, vai precisar de um pouquinho de corretivo. A Face é pra fazer aquela pele "de bonita", só pra cobrir e dar um brilho, então é bom usar quando a pele tá lisinha. As moças de pele oleosa costumam não gostar do brilho desse produto da M.A.C, mas é só passar um pó de leve nas áreas que brilharem muito. Pras peles oleosas, a melhor opção são as bases em pó, principalmente as que tem minerais na fórmula e agridem menos a pele. Elas também são mais fáceis de controlar a cobertura, que depende de quantas camadas se passa.

Já escolheu a sua pro próximo verão?

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Diva da Semana: Kate Lanphear

Todo estilo tem uma marca registrada, nem que seja de longe, mas tem aqueles que se mantém fiéis a uma característica forte e ainda assim se desdobram em mil e uma idéias. Esse é o caso da Kate Lanphear, diretora de moda da Elle americana, com um visual sempre rocker e andrógino, de pegada fetichista. Os cabelos oxigenados e curtos, acessórios pesados e saltos vertiginosos compõem uma imagem forte e única, sem ser repetitiva.



Leggings e calças skinny, bons casacos, jaquetas de couro, e camisetas são a base do guarda-roupa casual da Kate. Dona de um estilo urbano na essência, os looks dela nas ruas abusam de sobreposições e são sempre arrematados por boas coberturas, como blazers, trench-coats e jaquetas perfecto. Mas a grande sacada da Kate é misturar os clássicos: sobrepor camisetas de malha e arrematar com um paletó bem cortado, usar jaqueta jeans, jaqueta de couro e trench-coat, um sobre o outro, com o xadrez do forro dando um toque grunge chic. O mood fetichista rock vêm nos acessórios, especialmente nos braceletes, com correntes pesadas, spikes e pendentes. Kate nos mostra que contrastar clássicos pode ser tão interessante quanto contrastar peças atemporais com o "último grito" da temporada.



Quando o dia-a-dia pede um toque de classe, Kate aposta em combinações de calça e blazer, renovando o smoking feminino. As calças tem comprimento mais curto, no tornozelo, e são mais largas, e os blazers, de modelagem mais quadrada e também um pouco mais curtos. Essa subversão do smoking é sempre bem pontuada, porque quando uma das peças é clássica, como o blazer de lapela de cetim, no terceiro look, Kate compõe essa peça com opções inesperadas, como a calça de couro e a camiseta gasta. Marca mais que registrada das produções da todo-poderosa da Elle, os superbraceletes completam com o toque fetiche, e os favoritos são os largos com spikes e os de elos largos.


Nas montações mais ladylike, Kate traz toda sua veia fetichista pras roupas, tanto que os acessórios diminuem. Vestidos e saias estruturados, acinturados ou com detalhe peplum (aquele babado que fica sobre o cós das saias e nos babados das blusas) ficam menos femme e mais fatale quando feitos de couro ou marcados por cintos pesados. Camisas transparentes combinadas com casacos texturizados, como o de couro de crocodilo da foto, também são uma dupla sexy e dark, assim como os vestidos soltos complementados por jaquetas de couro fechadas e plataformas pesadas, mostram como a feminilidade pode ser sombria sem ser caricata.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Rockabilly chique

Uma das peças-chave dessa onda vintage que vem aparecendo nas passarelas, é a calça de cintura alta. Pelo menos no meu guarda-roupas, ela quase sempre esteve presente, como boa amante dessa nostalgia fashion. Não é um modelo de calça fácil de usar, tem que ter cuidado pra não acentuar o quadril e também porque não é tão prática quanto uma calça de cintura baixa.


Dá pra ficar mais elegante e tão confortável quanto num modelo de cintura baixa usando blusas mais soltinhas, pra dentro do cós da calça, como na foto, ou só com uma pontinha presa nele, por que se o modelo for muito skinny, a blusa pode embolar lá dentro e prejudicar o caimento. Calças de cintura alta tem um poder incrível de alongar a silhueta, ainda mais se for numa cor escura, e pra aumentar esse efeito, um sapato de uma cor que faça contraste com a calça é mais que bem vindo. Se o tempo ajudar, um casaco ou cardigan mais longo, de comprimento abaixo do quadril, deixa tudo mais chique e ainda dá aquela afinada. Cintura alta tem uma pegada mais adulta, então pra deixar mais descontraído, acessórios coloridos (e combinados, pras mais ousadas) são uma boa pedida.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Brilho

Como não amar brilho na maquiagem? Pena que não dá pra usar em todas as ocasiões, nem em todas as épocas do ano. Make mais pesado combina com tempo mais frio, porque nesse calor dos trópicos ninguém quer a maquiagem derretendo com oleosidade e suor. Vai aí uma sugestão pra usar na noite nesses cinco minutinhos de inverno que restam...

Glitter!

Pra conseguir esse efeito, dá pra usar glitter solto em cima do esfumado de dourado e preto ou duas sombras já brilhantes. As mais discretas podem usar sombras cintilantes, e o importante aqui é caprichar no esfumado, principalmente na lateral, pra ajudar a demarcar a inclinação do delineador. O esfumado fica melhor com aqueles pincéis gordinhos, como o 217 da M.A.C. ou esse chanfrado d'O Boticário, mas se não tiver esses na nécessaire, é só usar o pincel achatado pra sombra mais em pé e menos inclinado. O efeito mais cremoso do delineador pode ser conseguido usando versões em pasta ou o próprio lápis kajal. No mais, é só ser bem generosa no rímel e sair por aí com "olhar 43"! #ayquebrega

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ilustras

Amo ilustrações, e agora que tô fazendo um curso de desenho de moda, voltei a desenhar, um pouquinho que seja, quase todos os dias. Até a década de 40, as ilustrações eram basicamente toda a parte gráfica das revistas de moda, e acho que elas mostram uma visão que a fotografia não capta, justamente por ser mais abrangente: a singeleza das cores, das formas, do estado de espírito da roupa.

Capas de Vogues diversas em aquarela

Bora prestar (mais) atenção no que a roupa da gente comunica?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Musa do verão

Nessa meia estação, que não faz nem frio nem calor, um bom jeito de já ir entrando no clima das temperaturas que estão por vir é renovando a maquiagem de todo dia. Acho melhor ainda no verão, porque os makes mais leves e coloridos dão um frescor a mais, deixando todo mundo meio garota de praia...

Lábios marcantes na Tufi Duek e Juliana Jabour

Foco nos olhos, na boca ou nos dois: tudo depende do estado de espírito e da vontade de ousar. Nas passarelas do verão nacional, vi mais destaque nos lábios, principalmente nas matizes de vermelho e coral, do vinho até o laranja. O acabamento também é ao gosto do freguês: pode ser fosco, acetinado ou gloss. Os olhos podem ser muito discretos, como na Tufi Duek, ou mais trabalhados, como na Juliana Jabour, que o olhar é ressaltado por sombras claras, mas brilhantes, e lápis de olho branco na linha d'água, ótimo pra iluminar o olhar. Um bom rímel é essencial dos dois jeitos, pra dar vida no rosto.

Cara (quase) lavada na passarela do Reinaldo Lourenço e make pastel na Têca

O ton-sur-ton foi pra penteadeira: os tons pastéis surgiram com mais força na beleza. Azul, amarelo e rosa esmaecidos são uma boa aposta, são propostas mais frescas e versáteis porque cores claras são mais fáceis de misturar num mesmo look, como a sombra azul-bebê e o batom rosa-pérola do desfile da Têca. Já há algumas temporadas, a base tem perdido espaço entre os maquiadores, e a pele é cada vez mais natural. Para o próximo verão, ela foi substituída por versões em pó ou pelo combo corretivo + pó facial e, pra ter aquele rosto com jeito de "queimado de sol", o blush rosa, bem levinho, sobe até as têmporas, como nas moças de Reinaldo Lourenço.

Fotos: FFW

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Oh well, whatever, nevermind

Quanto mais nos distanciamos de uma época, parece que mais se quer resgatar os modismos e atitudes dela.  Os anos 90 não foram tão referenciados no início dos 2000, porque, afinal, parecia que foi ontem, mas, agora nessa segunda década do século XXI, junto com a onda nostálgica dos anos 50 e 60, os 90 estão voltando. Será que, quanto mais afastados de uma década, (re)interpretamos ela melhor? Foi na década de 1990 que as ruas se tornaram tão influentes quanto as passarelas, e várias propostas passaram a ser tendência ao mesmo tempo, antecipando a democracia fashion que seria mandatória nos anos 2000.


Em menos de dez anos, os cabelos enormes, as maxi-ombreiras e os exageros dos anos 80 foram prontamente colocados de lado em favor de silhuetas secas, de linhas puras, confortáveis e elegantes. Depois da "década perdida", o mundo e a economia entravam nos trilhos de novo, e o desejo de uma atitude urbana e conectada mas, ao mesmo tempo, discreta, foi traduzido pelo minimalismo. Calvin Klein foi o grande mentor dessa onda minimal: os cortes retos que valorizavam a silhueta sem comprometer o conforto viraram uniforme das mulheres modernas dos 90. Klein também disseminou o jeans como peça essencialmente cosmopolita, base do closet de homens e mulheres, e colocou uma nova forma de androginia, o unissex. Essa diluição de gêneros criou uma nova referência de sensualidade, e belezas menos femininas e mais instigantes se destacaram, como a então new-face Kate Moss. A partir dos 1990, o desejo de moda ia além das roupas e, conscientemente, passou a expressar estilo de vida.


Foi nos 90 que as calçadas passaram a ditar moda, tanto quanto desfiles ou editoriais. Talvez o movimento underground mais forte da década, o grunge teve seu maior eco na música, mas também influenciou (e modidficou) a forma de ver a moda. O boom de desenvolvimento da época, que levou à uma atitude cada vez menos autêntica, era o alvo da contestação do grunge, representada pela atitude de bandas como Nirvana e Sonic Youth. As roupas sobrepostas e de ar casual, como jeans largos, camisetas surradas, saias de malha longas e as indefectíveis camisas de flanela xadrez representavam uma outra face das cidades grandes, escondida. Mas o grunge mostrou que veio pra incomodar quando um estilista novato, vindo da cena alternativa, um tal Marc Jacobs, levou os gorros, os xadrezes e as sobreposições do movimento pra passarela da tradicional marca americana Perry Ellis, com uma mistura ousada de padronagens, como no look que mistura xadrez, listras e florais, chocando a imprensa especializada e levando a rebeldia urbana pras roupas da classe média, já que, agora, o que estava na passarela estava na rua.


Mesmo não muito forte em desfiles, as influências dos clubbers e da cultura hip-hop também foram fortes na década de 90. As duas tribos também desejavam mostrar uma nova visão de mundo, mas de maneiras diferentes: os clubbers queriam só diversão, ao som das batidas eletrônicas das raves, num resgate da psicodelia dos anos 70, mas com um toque street. Cores ácidas, leggings, abrigos esportivos e outras peças do sportswear eram típicas dos clubbers, junto com estampas ultracoloridas e geométricas. As roupas esporte também eram usadas no hip-hop, mas menos coloridas e mais utilitárias, e refletiam o dia-a-dia dos moradores dos guetos, principalmente nos EUA. Falavam abertamente sobre drogas, violência e a diversão proibida do subúrbio nas letras das músicas, e um dos grupos mais ousados eram o trio feminino TLC, tanto na sonoridade quanto nas roupas. Os anos 90 abriram caminho pras multi-referências na moda (e na vida), e espero que ainda venha muita estrada por aí...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ele-ela

Desde os anos 30, o smoking feminino é sinônimo de poder e ousadia. Apesar de ser bem masculinizado, o smoking se torna sexy pela atitude de quem usa. Mas certos elementos ultra femininos, como brilhos e acetinado, ajudam a dar um toque mais glam ao look, assim como a escolha da maquiagem. Aliás, por mais simples que seja, um make bem feito é sempre um ótimo truque de styling, já que ajuda a incorporar a atitude do dia.


Essa campanha do Elle, perfume da YSL, é um dos melhores exemplos de como um make de diva faz um terno feminino muito mais poderoso. Olhos marcados com delineador são a chave pra passar uma mensagem adulta de sedução, e pra não ficar muito fatale, é bom trocar o batom vermelho por um em tons de rosa, só não pode ser cor-de-boca ou gloss, porque aí perde aquele ar vintage. No mais, é só caprichar na confiança!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tomboy de leopard print

Saber equilibrar masculino e feminino no look nem sempre é fácil, ainda mais quando as duas peças em questão são quase pólos opostos: camisa social ultraclássica e shorts de oncinha, com cintura alta, bem cinquentinha. Os botões todos fechados e o colarinho levantado contribuem com um arzinho vintage mais comportado, mas que conversa com o shortinho. O toque masculino fica por conta de parte da camisa pra fora do cós e a carteira de couro marrom, mais texturizado. O óculos de sol à la John Lennon completa a pegada boyish, e dá aquele ar de liberdade e conforto na própria pele.

 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mirror, mirror on the wall

Ah, o espelho. Herói ou algoz? Muita gente diz que hoje as pessoas são superficiais, que o que vale é o que você tem e não o que você é, como numa "ditadura do espelho". Mas, com equilíbrio, o espelho pode se tornar um grande aliado, porque a posse daquilo que a gente deseja só é válida quando tem significado pra nós. Para estar bem ante o espelho das aparências, temos que estar em paz com o espelho da alma. E a moda tá aí pra isso, porque entre mil e uma propostas, podemos escolher aquela que faz mais parte da gente.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

How to: Blazer colorido

No calor, dá vontade de usar só short e camiseta... Mas um bom blazer é indispensável em qualquer estação do ano, e de uns tempos pra cá os coloridos (e, pras mais ousadas, os estampados) tem se destacado. Mesmo assim, um blazer bem "cheguei" não é fácil de usar pra todo mundo, mas por ter um poder incrível de tornar um look muito mais elegante e moderno, pode virar um clássico de qualquer estilo.



Acho esse tom de rosa super veranil, e é chamativo sem ser muito aparecido, como rosa choque ou laranja. Alia a leveza dos tons pastéis com uma matiz que se destaca, como uma cor intermediária, por isso é ideal pra fazer ton-sur-ton com nuances da mesma gama, como no vestido-camisa rosa chiclete, blazer rosa-goiaba e sapato vermelho. Os acessórios dourados dão um ar mais glam pra produção e esquentam o look, dão cara de verão. O blazer em degradé rosa é romântico, e junto com a saia de renda fica bem mocinha. Mas o espírito do verão fica por conta dos toques irônicos em cores inocentes, como a tacinha de martíni da carteira e o laço vermelho, o que mostra uma mulher que não tem problemas em equilibrar feminilidade e diversão.


Nada melhor que uma cor cheia de energia pra dizer "verão!" de cara... Laranja é um tom que pode ser o seu curinga nas altas temperaturas: a legging resinada, o suéter listrado e a bolsa-saco metalizada são super urbanos e a cara do inverno, mas o blazer alaranjado traz as peças pro verão da cidade grande, principalmente pelas mangas dobradas sobrepostas pelas do suéter. Forros estampados são um elemento a mais nos blazers, mesmo num modelo de cor neutra, dobrar as mangas e mostrar a estampa já dá um toque de alegria. A estampa interna do blazer é um bom início pra misturar estampas, que, não adianta, são uma constante no verão. A harmonia é sempre garantida, com estampas que tem as mesmas cores em destaque.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Diva da Semana: Laetitia Crahay

Um estilo autêntico sempre carrega uma dose de ironia, seja grande ou pequena. A moda tá presente em inúmeras (se não todas) partes da nossa vida, então por que não se divertir? Diversão com elegância é a especialidade da Laetitia Crahay, head designer da joaelheria da Chanel e a principal criativa da Maison Michel, marca de chapéus e casquetes que também faz parte da maison de Coco. Transgredir "convenções", mesmo que elas não sejam mais regra geral, e subverter os clássicos é marca da Laetitia.

Painel de inspirações e trabalhos pra Maison Michel


Muito antes de Kate Middleton andar por aí com mil e um arranjos de cabeça, os casquetes, tiaras e chapéus já faziam a cabeça (#trocadilhoinfame) das moças antenadas da Europa. A responsável? Laetitia, que conseguiu transformar em desejo instantâneo peças que eram tidas como antiquadas, principalmente chapéus. Os chapéus de abas mais largas e maleáveis, bem anos 70, deslancharam depois de lançados os modelos da Michel, e os fascinators são desejo desde que ela colocou a Maison de volta no mapa fashionístico, em 2009. Na hora de pensar nos modelos, o jeito "sou chique de nascença" típico das mocinhas francesas conversa com as referências góticas e fantásticas da Laetitia, que coloca nas campanhas ninfas sombrias e uma verve irônica do universo infantil. A orelha de coelhinho em renda preta ironiza a malícia oculta nos personagens das crianças, e quem não sente "Alice no País das Maravilhas" na míni cartola com um coelho?


Ilustrações e Laetitia usando a máscara de coelho que enfeitou Lady GaGa e gêmeas Olsen

Laetitia, no dia-a-dia, transmite mensagens fortes pelos looks. Ao mesmo tempo que é mestre no cool-descolex parisiense, referência de bom gosto, usa peças que não harmonizam com esse universo, como botas de couro na altura da coxa, megafetiche, e colares de plumas exóticas. Uma mínissaia colada bege não tem muito como fugir do vulgar, mas Laetitia consegue, com postura natural e biotipo favorável, colocar a saia de um jeito elegante, e o colete de canutilhos fica mais natural e menos perua. Até mais à paisana, mademoiselle Crahay é chique sem ficar casual demais: a camisa militar e a bolsa estampada com o union jack britânico dão o toque cosmopolita e divertido que tira o ranço hippie da bota surrada e do mantô meio folk, meio vintage.


Quem disse que combinar cor dos sapatos e bolsas é cafona? Tá escrito aonde que conjuntinho é careta e que grávida não pode usar estampa grande? Laetitia derruba tudo isso num look só! Acessórios combinados podem ser muitíssimo elegantes e nada caretas se usados com roupas modernas, como o vestido e o casaco preto e dourado com plumas. A sacada aqui é o caminho inverso: acessórios sóbrios para roupas ousadas. Pra tirar um look P&B do sério, ela mistura texturas, o tweed preto da blusa com o tecido mais fino da saia, ou desafia os truques de silhueta e usa um tubinho com uma faixa maior na cintura, o que aumenta o contraste e dá um ar mais gráfico na pegada lady do vestido.


Porque rir de si mesma nunca sai de moda!


PS.: A quem interessar possa, uma das edições da Marie Claire americana de 2009 ou 2010, se não me engano, tem uma reportagem enorme sobre a Laetitia, com fotos do closet dela, detalhes de decoração, bem voyeur, do jeito que a gente gosta! Dá pra achar scans dessa matéria no Google...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Esporte de mocinha

Quando a gente pensa em peças com pegada sportswear, vem na cabeça leggings bem justas, camisetas de decote nadador, abrigos utilitários cheios de zíperes e tecidos resinados ou recortados, meio futurista. A moda tá aí pra tornar possível um universo tão característico, como o esporte, dialogar com outros tão únicos quanto, a exemplo desse look, que equilibra o vintage com o esporte.

Esportista girlie: sportswear mistura com o antiguinho pelo toque college

O segredo é explorar o lado menos óbvio da tendência, o que quase sempre significa aproximar um estilo do outro. Com essa onda oitentista nas fashion weeks, de tanto ver o lado mais literal das roupas esportivas, a gente esquece que as blusas mais largas estampadas com datas ou nomes de time, as jaquetas varsity dos jogadores de beisebol e todos esses elementos esporte do colegial americano também são sportswear. As pregas da saia (que mereciam ser beeem menos volumosas), o batom vermelho, o maxicolar dourado e o sapato de salto alto e bico bem fino dão um perfume vintage super feminino, que contrasta com a pegada mais descontraída da blusa de modelagem solta e com as mangas dobradas, que não perde jovialidade com o espírito college da peça.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ler, enfim

Moda não é só roupa, e nem uma escolha aleatória do que se veste. Até quando a gente pega a primeira coisa que vê no armário, somos sempre direcionados por preferências ligadas à nossa personalidade, seja gosto musical, os filmes favoritos ou os livros de cabeceira. Um dos melhores jeitos, pelo menos pra mim, de aumentar nossa bagagem (e enriquecer nosso estilo) é com leitura. O post de hoje é mais culturette, mas tem dicas muito boas! #euamoler


- O Stylist - Interpreters of Fashion, é um dos livros de moda mais maravilhosos que eu já vi, de encher os olhos mesmo. Custa caro (tipo três dígitos, poisé) mas pra quem estuda moda ou é muito fascinado (mesmo) pelo assunto, vale o investimento. Com prefácio da poderosíssima Anna Wintour (a.k.a Miranda Priestley! #thedevilwearsprada), mostra as fotos mais fortes de grandes stylists do mundo da moda, junto com textos sobre o processo criativo de cada um, e como eles foram cair nesse mundo. O mais mágico desse livro, montado pela equipe do Style.com, site da Vogue US, é como o olhar dos stylists (e o dos fotógrafos, claro) acompanha as mudanças do mundo, e da forma como a gente se enxerga.

- On the Road é um dos maiores clássicos da literatura americana e mundial. O autor, Jack Kerouac, é um dos maiores representantes do movimento beatnik, que também se mostrou na música e na moda. Os beats, que faziam parte disso tudo, causaram no final dos anos 50, questionando aquele mundo cor-de-rosa e perfeitinho do american way of life, de esposas impecáveis, de vestido de cintura marcada, esperando o marido chegar em casa. A história conta a viagem de dois amigos pelas autoestradas dos EUA, com direito à muitas noitadas, e o jeito como Kerouac constrói a trama envolve quem lê e faz pensar se realmente temos todas as necessidades que são colocadas pra nós. Pra saber usar a moda... E em versões de bolso, super em conta!

- Cinéfila de carteirinha, já deu pra perceber que as divas do cinema dos 50 e 60 me encantam. Quinta Avenida, 5 da Manhã foi escrito por Sam Wasson, crítico de cinema que analisa, no texto, como o comportamento de Holly Golightly, a Bonequinha de Luxo, transformou a maneira como a mulher passou a se comportar, no início dos anos 60, e abriu caminho pra mulher de hoje. Com detalhes (e fofoquinhas de backstage!) da produção do filme, como a influência do Truman Capote, autor do livro que originou o filme, e até a implicância da Edith Head (top figurinista da época) com o pretinho Givenchy (!), que virou um clássico.

- Paris, Paris... Dez entre dez pessoas que já foram (OK, nove!), são apaixonadas pela cidade. Outro clássico da literatura, Paris é Uma Festa, escrito por Ernest Hemingway, mostra a efervescência cultural de Paris na década de 20, impulsionada por intelectuais e artistas americanos que foram pra lá. Assim como os beatniks, os intelectuais da época queriam mostrar autenticidade, vontade de fazer diferente, e as andanças sem destino do autor pela cidade, fatos verídicos da vida do próprio Hemingway, mostram como é importante entender o que a gente realmente gosta, o que faz inspirar de verdade. Ou vai usar camisa fechada até o último botão só porque a Alexa Chung usa?

Books are a girl's best friend!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Summertime!

Voltando com a programação normal (UHUUUU! Entreguei meu último trabalho, prorrogado, na sexta!), tô cheia de idéias pra posts futuros, e vou começar com as apostas pro próximo verão, como falei no post dos sneakers. Essa temporada de verão foi uma das mais elaboradas que eu já vi, com sopro novo da década de 80 (junto com os ainda presentes 50 e 60) e estampas incríveis.


O sportswear e os anos 80 aparecem com força no verão 2013. As roupas com ar esportivo estão presentes há muitos verões, mas voltaram com mais força e bem mais versáteis, com ar de romance street, como na Cavalera, urbano luxuoso na Agatha ou a mocinha futurista do Reinaldo Lourenço. Vestidos estruturados com decote nadador, casacos de modelagem casulo e sobreposições com bermudas-ciclista são chave pra levar o esporte pra rua, principalmente se usados com peças mais curtinhas, como vestidos e shorts. A década de 80 deu as caras, nos ombros estruturados, com ombreiras, na Triton, ou mangas-presunto, na passarela do Alexandre Herchcovitch. As leggings também trazem referências dos 80, e vêm nos mais variados tecidos e texturas, mas as enceradas, como na Animale, prometem se manter como preferência.


O ar feminino, com toques dos anos 50 e 60, continua, mas agora são base pra vários temas diferentes. Os tubinhos e vestidos de cintura marcada foram "apimentados" por texturas, estampas e cores que se destacam mais que a modelagem. Inspirado no universo das flores, o desfile da Tufi Duek apresentou vestidos super femininos, com dobraduras em formato de pétalas, delicadas e bem modernas. A modelagem mais limpa com texturas mais urbanas, como o vinil e a estampa em alto relevo, dão um sopro novo ao futurismo dos anos 60, na leitura da Fernanda Yamamoto. A combinação de violeta, azul bic e laranja é classuda, e aproveita a paleta do inverno. Andrea Marques coloca os vestidos trapézio na passarela como t-shirts alongadas, dando um toque low-profile à feminilidade que é sua marca registrada. A Têca aproveitou pra colorir os vestidos "bonequinha" com estampas inspiradas nas viagens de Júlio Verne e a 2nd Floor, numa boa sacada, apostou no tema western, com vestidos texturizados em chamois, mas ainda assim bem leves pro verão, fugindo dos temas óbvios pras altas temperaturas.


As estampas e texturas desse verão são de encher os olhos! Na Têca e na Herchcovitch, estampas de fundo neutro, como preto e cáqui, são inspiradas em viagens pelo mundo e a atemporalidade delas, como dá pra ver no tratamento da estampa da Herchcovitch, que o cáqui dá aspecto antigo ao mapa. Estampas geométricas em cores vivas, como laranja, verde-água e azul, foram as apostas da Colcci e da Triton, que fogem do típico floral-folhagem dessa estação, e dão um verniz urbano, mas com astral de verão, pra leggings e vestidos. As aplicações da Coven e da Espaço Fashion tem efeito incrível, já que os arabescos aplicados nas peças são em alto relevo, além de agregar essas formas na estamparia de verão. Aliás, as da Espaço foram boladas pela Andreea Mandrescu, designer têxtil romena radicada em Londres, que já fez trabalhos pro Alexander McQueen (!!!). A textura adamascada das flores de cerejeira da Triton, que misturou a urbanidade pop com toques das meninas modernetes do Japão, enriquece a coleção visualmente e equilibra essa mistura com elementos japoneses tradicionais. O navy foge do comum na passarela do Reinaldo Lourenço, que ao invés de apostar nas manjadas (mas ainda muito amadas!) listras, toma os elementos das cordas e nós dos marinheiros. Opção é o que não falta... Bom verão pra vocês! 

Fotos: FFW

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A volta dos que não foram

Fim de semestre, beijos

Com licença, meu nome é Deborah e eu costumava escrever esse blog! A superlotação de trabalhos da faculdade consumiu o tempo que eu tinha e o que eu não tinha, mas eu não abandonei o barco não, viu, gente? Vou tentar postar algumas coisas essa semana, mas na próxima isso aqui vai voltar a funcionar, quando eu conseguir conciliar tudo junto-e-misturado. Até mais, então...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sneaker, será?

Gente, não morri! A última semana foi só correria com os trabalhos da faculdade, nas próximas vou terminar de postar MTP (ainda!) e depois Fashion Rio, que acabou de terminar, e SPFW, que começa dia 11 de junho. Nada melhor que uma foto de streetstyle pra sentir o clima do evento, né?


Uma das peças que mais apareceram nos looks do povo "das modas" lá pelo Jockey Club carioca foi o sneaker, aquele tênis com salto embutido que Isabel Marant, estilista francesa descolex, bombou. Eu não gosto, mas amo quando alguém monta um visual cheio de peças tendência sem parecer fabricado, que é o caso dessa moça. A skinny vermelha, a camisa de seda estampada e o sneaker podiam soar forçados, mas a harmonia das cores faz o look ficar muito chic, já que vermelho + preto + branco dão uma sobriedade, mas o vermelho em destaque deixa tudo mais moderno. O sorriso no rosto e a bossa de menina do Rio são aquele toque que, de tão natural, me deixam com vontade de usar sneaker agora... A foto é do fantástico RIOetc, que fotografa os melhores looks de meninas e meninos cariocas. Clique obrigatório!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Violeta

Não existe cor que seja moderna e, ao mesmo tempo, sóbria, como o violeta. Dá um toque de cor e não fica berrante, aí dá pra sair da zona de conforto do preto, chumbo e marinho.

 Violeta + prata + chumbo: infalível

Os tons de roxo/violeta valorizam todas as cores de olho, nem precisa ter esse olho-espetáculo da foto... Pra aumentar o olhar, o truque é passar a sombra prata no canto interno, a cor no meio da pálpebra e o preto no canto de fora, e de preferência bem esfumado, pra dar aquele efeito "olho de gata". Na parte de baixo, só um lápis preto leve pra diminuir o olho e bastante rímel em cima e só o suficiente em baixo, já que o destaque é pra pálpebra móvel. Chique e versátil!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

MTP: Lucas Magalhães, Plural e Aurea Prates

O último dia de desfiles do Preview, 26.04, foi o mais rico em propostas, indo do urbano sexy do Lucas Magalhães até o étnico cheio de vida da Mary Design, que fez um desfile tão incrível que vai ganhar um post só pra ele! Lucas, Plural e Aures Prates abordaram a feminilidade de formas diferentes, todas caminhos fortes para o próximo verão.





Um dos desfiles mais bem desenvolvidos do MTP foi o do Lucas Magalhães. Boa mistura de tecidos e uma proposta de silhueta rígida, mas sem cair no minimalismo, com formas urbanas que privilegiam o corpo. A sobreposição de comprimentos deu movimento aos looks, assim como as produções pontuadas por tops mais justos, como o conjunto de corset curto e calça. As estampas, característica sempre marcantes nas coleções de Lucas, vieram, na maioria, localizadas, na lateral das calças, shorts e vestidos. Os motivos geométricos poderiam virar uma estampa tribal, mas a sobreposição deles deu um toque op art, bem anos 60. Lucas explorou mais modelagens e texturas, a exemplo dos looks incríveis em areia e branco, que sobrepõe tecidos. A paleta de cores teve os onipresentes azul-bic e verde-água, junto com cores de base que apareceram menos, como preto e marrom, além do laranja. Lucas Magalhães mostrou que um jovem estilista pode sair da zona de conforto e fazer uma coleção coesa, sem forçar o "underground".




A Plural apresentou coleção versátil e com muita influência do sportswear. Peças afastadas do corpo e de linhas arredondadas são a marca mais evidente das roupas esportivas, mas a modelagem bem feita e o styling com maxicolares e sandálias anabela dão a dose extra de classe. A silhueta pontuada por volumes, linhas arredondadas e pontos próximos ao corpo também sofistica os looks, e a presença da estampa liberty em alguns looks dá jovialidade à coleção, mas não infantiliza, já que ela foi pincelada e ficou mais moderna. A paleta de azul-bic, laranja e branco é elegante, mas previsível.




Aurea Prates mostrou looks cheios de doçura, saudosos da elegância de outros tempos, mas conectados com o aqui e o agora. As referências pinçadas das mocinhas dos anos 50, como as cinturas marcadas, a calça cigarrette e o comprimento nos joelhos, foram modernizados com recortes nas mangas, casacos com jeito de abrigo esportivo, barra do short arredondada e pedaços da barriga de fora. A renda foi muito bem explorada no desfile, em peças inteiras, como as saias lápis mídi e em aplicações localizadas, em mangas e bainhas. O jogo cromático do desfile foi incrível, começando pelos tons de azul, verde e rosa pastel, passando por essas mesmas cores em tons fortes, como o rosa choque, junto com o laranja e amarelo, até finalizar com  madrepérola enriquecido com aplicações de cristais. Uma mocinha que quer viver a elegância de outrora, mas nos anos 2010.


Fila final da Aurea Prates, liiinda de viver!