segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ler, enfim

Moda não é só roupa, e nem uma escolha aleatória do que se veste. Até quando a gente pega a primeira coisa que vê no armário, somos sempre direcionados por preferências ligadas à nossa personalidade, seja gosto musical, os filmes favoritos ou os livros de cabeceira. Um dos melhores jeitos, pelo menos pra mim, de aumentar nossa bagagem (e enriquecer nosso estilo) é com leitura. O post de hoje é mais culturette, mas tem dicas muito boas! #euamoler


- O Stylist - Interpreters of Fashion, é um dos livros de moda mais maravilhosos que eu já vi, de encher os olhos mesmo. Custa caro (tipo três dígitos, poisé) mas pra quem estuda moda ou é muito fascinado (mesmo) pelo assunto, vale o investimento. Com prefácio da poderosíssima Anna Wintour (a.k.a Miranda Priestley! #thedevilwearsprada), mostra as fotos mais fortes de grandes stylists do mundo da moda, junto com textos sobre o processo criativo de cada um, e como eles foram cair nesse mundo. O mais mágico desse livro, montado pela equipe do Style.com, site da Vogue US, é como o olhar dos stylists (e o dos fotógrafos, claro) acompanha as mudanças do mundo, e da forma como a gente se enxerga.

- On the Road é um dos maiores clássicos da literatura americana e mundial. O autor, Jack Kerouac, é um dos maiores representantes do movimento beatnik, que também se mostrou na música e na moda. Os beats, que faziam parte disso tudo, causaram no final dos anos 50, questionando aquele mundo cor-de-rosa e perfeitinho do american way of life, de esposas impecáveis, de vestido de cintura marcada, esperando o marido chegar em casa. A história conta a viagem de dois amigos pelas autoestradas dos EUA, com direito à muitas noitadas, e o jeito como Kerouac constrói a trama envolve quem lê e faz pensar se realmente temos todas as necessidades que são colocadas pra nós. Pra saber usar a moda... E em versões de bolso, super em conta!

- Cinéfila de carteirinha, já deu pra perceber que as divas do cinema dos 50 e 60 me encantam. Quinta Avenida, 5 da Manhã foi escrito por Sam Wasson, crítico de cinema que analisa, no texto, como o comportamento de Holly Golightly, a Bonequinha de Luxo, transformou a maneira como a mulher passou a se comportar, no início dos anos 60, e abriu caminho pra mulher de hoje. Com detalhes (e fofoquinhas de backstage!) da produção do filme, como a influência do Truman Capote, autor do livro que originou o filme, e até a implicância da Edith Head (top figurinista da época) com o pretinho Givenchy (!), que virou um clássico.

- Paris, Paris... Dez entre dez pessoas que já foram (OK, nove!), são apaixonadas pela cidade. Outro clássico da literatura, Paris é Uma Festa, escrito por Ernest Hemingway, mostra a efervescência cultural de Paris na década de 20, impulsionada por intelectuais e artistas americanos que foram pra lá. Assim como os beatniks, os intelectuais da época queriam mostrar autenticidade, vontade de fazer diferente, e as andanças sem destino do autor pela cidade, fatos verídicos da vida do próprio Hemingway, mostram como é importante entender o que a gente realmente gosta, o que faz inspirar de verdade. Ou vai usar camisa fechada até o último botão só porque a Alexa Chung usa?

Books are a girl's best friend!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Summertime!

Voltando com a programação normal (UHUUUU! Entreguei meu último trabalho, prorrogado, na sexta!), tô cheia de idéias pra posts futuros, e vou começar com as apostas pro próximo verão, como falei no post dos sneakers. Essa temporada de verão foi uma das mais elaboradas que eu já vi, com sopro novo da década de 80 (junto com os ainda presentes 50 e 60) e estampas incríveis.


O sportswear e os anos 80 aparecem com força no verão 2013. As roupas com ar esportivo estão presentes há muitos verões, mas voltaram com mais força e bem mais versáteis, com ar de romance street, como na Cavalera, urbano luxuoso na Agatha ou a mocinha futurista do Reinaldo Lourenço. Vestidos estruturados com decote nadador, casacos de modelagem casulo e sobreposições com bermudas-ciclista são chave pra levar o esporte pra rua, principalmente se usados com peças mais curtinhas, como vestidos e shorts. A década de 80 deu as caras, nos ombros estruturados, com ombreiras, na Triton, ou mangas-presunto, na passarela do Alexandre Herchcovitch. As leggings também trazem referências dos 80, e vêm nos mais variados tecidos e texturas, mas as enceradas, como na Animale, prometem se manter como preferência.


O ar feminino, com toques dos anos 50 e 60, continua, mas agora são base pra vários temas diferentes. Os tubinhos e vestidos de cintura marcada foram "apimentados" por texturas, estampas e cores que se destacam mais que a modelagem. Inspirado no universo das flores, o desfile da Tufi Duek apresentou vestidos super femininos, com dobraduras em formato de pétalas, delicadas e bem modernas. A modelagem mais limpa com texturas mais urbanas, como o vinil e a estampa em alto relevo, dão um sopro novo ao futurismo dos anos 60, na leitura da Fernanda Yamamoto. A combinação de violeta, azul bic e laranja é classuda, e aproveita a paleta do inverno. Andrea Marques coloca os vestidos trapézio na passarela como t-shirts alongadas, dando um toque low-profile à feminilidade que é sua marca registrada. A Têca aproveitou pra colorir os vestidos "bonequinha" com estampas inspiradas nas viagens de Júlio Verne e a 2nd Floor, numa boa sacada, apostou no tema western, com vestidos texturizados em chamois, mas ainda assim bem leves pro verão, fugindo dos temas óbvios pras altas temperaturas.


As estampas e texturas desse verão são de encher os olhos! Na Têca e na Herchcovitch, estampas de fundo neutro, como preto e cáqui, são inspiradas em viagens pelo mundo e a atemporalidade delas, como dá pra ver no tratamento da estampa da Herchcovitch, que o cáqui dá aspecto antigo ao mapa. Estampas geométricas em cores vivas, como laranja, verde-água e azul, foram as apostas da Colcci e da Triton, que fogem do típico floral-folhagem dessa estação, e dão um verniz urbano, mas com astral de verão, pra leggings e vestidos. As aplicações da Coven e da Espaço Fashion tem efeito incrível, já que os arabescos aplicados nas peças são em alto relevo, além de agregar essas formas na estamparia de verão. Aliás, as da Espaço foram boladas pela Andreea Mandrescu, designer têxtil romena radicada em Londres, que já fez trabalhos pro Alexander McQueen (!!!). A textura adamascada das flores de cerejeira da Triton, que misturou a urbanidade pop com toques das meninas modernetes do Japão, enriquece a coleção visualmente e equilibra essa mistura com elementos japoneses tradicionais. O navy foge do comum na passarela do Reinaldo Lourenço, que ao invés de apostar nas manjadas (mas ainda muito amadas!) listras, toma os elementos das cordas e nós dos marinheiros. Opção é o que não falta... Bom verão pra vocês! 

Fotos: FFW

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A volta dos que não foram

Fim de semestre, beijos

Com licença, meu nome é Deborah e eu costumava escrever esse blog! A superlotação de trabalhos da faculdade consumiu o tempo que eu tinha e o que eu não tinha, mas eu não abandonei o barco não, viu, gente? Vou tentar postar algumas coisas essa semana, mas na próxima isso aqui vai voltar a funcionar, quando eu conseguir conciliar tudo junto-e-misturado. Até mais, então...